A dimensão lúdica do design e da arquitetura
A cidade pode ser alegre?
Teve um tempo em que a cidade inventou a humanidade, seremos capazes de desumanizá-la?
Conseguiremos desenvolver um método de projeto poético, atento às sensações e aos afetos?
Conseguiremos resgatar os espaços degradados onde habita parte da alma humana, como quem resgata o sentido da humanidade? Como faremos para tornar os espaços urbanos ambientes para o desenvolvimento do homem como obra principal do universo ou de existências componíveis com infinitas formas de viver?
Todas essas perguntas são absolutamente pertinentes no mundo atual, onde a alma se perde em meio ao desordenado crescimento das cidades, assoladas pelo capitalismo. “O ambiente construído nunca é neutro: ele pode ampliar nossa potência de agir no mundo ou contribuir para decompor o que temos de mais singular e valioso. A potência da arquitetura e do urbanismo se dá na expressão de um modo de viver, de uma cultura, de um povo; o que é exatamente o oposto da reprodução de modelos hegemônicos” (Iazana Guizzo - Terceira Margem)
A palestra foi parte do Festival Cultura em Miniciclos, organizado pelo TransLAB.URB, em Porto Alegre, com curadoria do arquiteto, escritor, ilustrador, compositor, músico, ator e diretor Cláudio Levitan, e Leonardo Brawl Márquez e Carina Levitan como debatedores.
O evento também contou com a oficina "A cultura brasileira e a cidade para além do Ocidente", conduzida por Iazana Guizzo.